terça-feira, 28 de junho de 2011

PRORROGADO PRAZO PARA ENVIO DE RESUMOS - ABRAPSO

Aos participantes do XVI Encontro Nacional da ABRAPSO
A Comissão Organizadora do Encontro, sensível aos apelos de Núcleos, Regionais, associados, simpatizantes e participantes, decidiu prorrogar o prazo para submissão de resumos. O novo prazo é 15 de agosto de 2011

Detalhes do evento no http://www.abrapso.org.br/

CONSULTA PÚBLICA

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS), reabriu prazo até o dia 20 de julho de 2011 para envio de sugestões da Consulta Pública nº 3, que trata do encaminhamento de contribuições visando ao aprimoramento da Minuta de Portaria que institui as Diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS, publicada no Diário Oficial da União nº 95, de 19 de maio de 2011, seção 1, página 81.
Acesse a consulta pública no endereço: http://www.saude.gov.br/consultapublica, escolha a consulta, clique em contribuir e preencha o cadastro para fazer login e senha no sistema.

As diretrizes propostas requerem ampla divulgação a fim de que todos possam contribuir para o seu aperfeiçoamento. Após apreciação das contribuições advindas da consulta pública, as diretrizes serão repactuadas na MNNP-SUS e apresentadas à Comissão Intergestores Tripartite - CIT e ao Conselho Nacional de Saúde - CNS.

Eventuais sugestões poderão ser encaminhadas por carta, até o dia 20 de julho de 2011, ao Ministério da Saúde, Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 7º andar, sala 751, Brasília-DF, CEP 70058-900, com a indicação “Sugestões à minuta de portaria que institui as Diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde”, por e-mail: comitestsus@saude.gov.br ou pelo sitio http://www.saude.gov.br/consultapublica.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fenômeno do bullying: repercussões e desdobramentos dos Diálogos Criativos

Retransmitimos um texto de Anderson Soares - historiador, educador e psicopedagogo - sobre o fenômeno do bullying, provocado pelas intervenções do professor Herculano Campos e da pesquisadora de pós-graduação Maria Aparecida Cunha durante o encontro dos Diálogos Criativos do dia 11 de maio.
Fenômeno do bullying esscolar: reflexo da sociedade da intolerância
A exacerbação das conseqüências das mudanças e transformações, resultantes no século XXI, tem se refletido de forma impactante nos ambientes escolares e uma delas é a intensificação da intolerância às diferenças, que neste momento tem gerado reflexões de educadores, psicólogos, sociólogos, etc.
As transformações sócio-econômicas e principalmente comportamentais trazem imensos desafios para os ambientes escolares, que parecem impotentes diante do anúncio de uma nova e complexa sociabilidade da qual os modelos tradicionais de educação não estão dando conta. Os pais dos alunos também parecem desorientados e perplexos diante da sua responsabilidade na formação pessoal e educacional de seus filhos. Estes pais não sabem lidar com as questões afetivas num cotidiano de pouco cultivo dos valores humanos.
Os vínculos humanos, consumados sob a égide das transformações citadas, são substancialmente frágeis e empobrecidos afetivamente (volúveis e descartáveis). Como conseqüência, não é projeto e nem prioridade para pais e mães a formação e educação de seus filhos, mesmo que estes pais acreditem na educação no ambiente familiar como sendo mero suprimento das necessidades materiais.
Aqueles que seriam os responsáveis pela formação pessoal e afetiva de seus filhos parecem impotentes diante da realidade dos mesmos que são expostos a excesso de informação, apegados a tecnologias e aos jogos eletrônicos, desmedidos no culto à estética, adeptos a futilidades diversas, doentiamente consumistas, emocionalmente precários, afetivamente embotados e quase nunca cultivam os valores humanos. Independente das diferenças econômicas entre os diversos responsáveis (pais, mães, cuidadores) todos vivenciam a mesma mazela psicossocial; tanto o executivo loiro, que usufrui todo privilégio do poder econômico (curso “superior”, bairro “nobre”, lugares “sofisticados”) e supre as necessidades materiais do filho quanto o pardo semi-alfabetizado (invisível socialmente) que se mantém com sua modesta carrocinha de cachorro-quente e minguados recursos.
O resultado macabro, nestas crianças e adolescentes que pouco recebem de afeto e orientação de seus pais (ou cuidadores), é, nos ambientes escolares, o seu comportamento problemático e permissivo, oriundo da precariedade emocional e desleixo em suas formações. Estamos nos referindo à infância e à adolescência como etapas de desenvolvimento primordiais à formação de futuros adultos que vão se expor às questões de ética, tolerância, cultivo dos valores humanos, percepção das próprias emoções e experiências de limites e frustrações. Diante desta realidade, o poder do exemplo e referência dos pais deveriam ser imperativos.
O que nós conhecemos como bullying, nos ambientes escolares, nada mais é do que um reflexo da sociedade da intolerância, na qual cada ser social doente reproduz as mazelas e valores conforme seu contexto. As agressões morais, simbólicas, opressão econômica, insultos, desrespeito à diferença, fazem parte do cotidiano de uma estrutura social doentia em que o ter sobrepuja o ser, o poder econômico prevalece diante dos valores humanos (tão pouco cultivados e subestimados pela sociedade quase psicopática).
A intolerância em nossa sociedade é estimulada de diversas formas, principalmente no campo simbólico. Reflitamos sobre a ideologia implícita nos valores que são cultivados, nos comportamentos que são glorificados, no que está embutido nos programas e propagandas da TV burrificadora, nos tipos físicos expostos nas capas de revista e outdoors. Também as religiões…Prestemos atenção aos discursos de “fraternidade” de padres, pastores e demais charlatães de várias tinturas e genealogias.
Lembremos que os nazistas da Alemanha hitlerista chegaram ao poder através do voto e suas ações tiveram respaldo da maioria dos alemães. Importante citar também um famoso deputado federal (de falas fascistas e extremistas) cujas idéias representam as crenças de parcela significativa da sociedade brasileira.
As crianças e adolescentes, seres em formação, são muito vulneráveis do ambiente: a intolerância é aprendida. Se não recebem afeto, orientação e formação sólida em seus ambientes domésticos, ficam à mercê da permissividade e da falta de capacidade de respeitar seu semelhante (seja ele quem for). A não existência de comportamentos de referência e exemplos vindos de seus pais é um ingrediente fatal para o cultivo diário da intolerância em seus ambientes escolares.
É nos ambientes escolares que, frequentemente, crianças e adolescentes extravasam suas perturbações subjetivas e inquietações psíquicas. É através de comportamento agressivo ou de excessivo retraimento que a vítima ou aquele que comete bullying se expressam.
E as escolas que, em pleno século XXI, seguem modelos arcaicos e contraproducentes priorizam os valores cognitivos em detrimento da emoção adoecida e da sensação de vazio de crianças e adolescentes, quase órfãos de pais vivos. Mesmo diante destas aberrações comportamentais, prevalece a idéia de que a escola boa é aquela que “aprova para o vestibular”. Diante destas mazelas, a precariedade e impotência estão presentes tanto em escolas abastadas, que formam os filhos das elites econômicas; quanto em escolas públicas depauperadas, que atendem os que não tem poder de capital: os figurantes mudos, que vivenciam a invisibilidade social cotidiana.
Torna-se decisiva uma profunda reflexão (novos olhares, novos direcionamentos) em torno de tão sérias transformações. A relação entre família e escola tem que ser reforçada e repensada sob os desígnios dos desafios do século XXI, entendendo o quanto o ambiente escolar é vulnerável diante da sociedade da intolerância: o bullying não pode ser pensado isoladamente!
A escola deve ser exatamente o lugar onde o convívio e a tolerância com as diferenças devem ser trabalhados e estimulados na formação de crianças e adolescentes. Tal trabalho continuará contraproducente se todos os envolvidos (pais, mães, educadores, cuidadores, etc) deixarem prevalecer dentro de si os hábitos viciados, os preconceitos arraigados e a mentalidade doentia que são cultivados no dia-dia pela sociedade psicopática.

PARABÉNS À VITÓRIA DA CHAPA 2 DO CCHLA!

Os professores Herculano Campos e Graça Soares da chapa 2 – Diálogo e Transparência – foram eleitos diretor e vice-diretora, respectivamente, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN. A votação ocorreu ontem, dia 1º de junho, das 8 às 21 horas e a apuração começou por volta de 21:30.

No resultado final, Herculano e Graça obtiveram 51,82% dos votos válidos contra 32,13% de Alípio e Durval (chapa 1) e 16,04% de Renata e Alex (chapa 3). Entre os professores a Chapa 2 obteve 156 votos contra 48 da chapa 1 e 38 da chapa 3. Entre os técnicos administrativos foram 39 contra 37 da chapa 1 e 15 da chapa 3. Entre os estudantes 643 votaram na chapa dois, 675 na chapa um e 247 na chapa três.

Dos 5.616 estudantes, professores e técnicos administrativos do CCHLA aptos a votar, 1.874 compareceram às urnas. Do universo de 5.238 estudantes, apenas 1.534 participaram do pleito. Dos 275 docentes, 245 votaram e dos 103 técnicos administrativos 95. Diante disso, o peso real dos votos por categoria foi de 42,84% para os funcionários, 42,67% para os professores e 14,48% para os alunos. Vinte e três votos foram anulados e 12 eleitores votaram em branco.

Encontro: BULLYING NA ESCOLA: QUEBRANDO O SILÊNCIO. Facilitadores: Herculano Campos e Aparecida Cunha

sexta-feira, 13 de maio de 2011


Fotos do encontro de 11 de Maio - BULLYING NA ESCOLA: QUEBRANDO O SILÊNCIO

Grande participação de público e uma intensa, profunda e proveitosa discussão - que se estendeu até o Auditório da Livraria Siciliano fechar - caracterizaram nosso último encontro, BULLYING NA ESCOLA: QUEBRANDO O SILÊNCIO.

Parabéns à mesa e muito obrigado a tod@s que participaram!