terça-feira, 30 de agosto de 2011

Professores para o Timor-Leste

A Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), neste momento a única instituição pública de ensino superior deste
país, objetiva contratar em regime temporário, para o ano letivo de 2012, docentes oriundos de outros países lusófonos.

Por meio dos recursos do Fundo soberano para o Desenvolvimento do Capital Humano de Timor-Leste, oferece remunerar cada docente com US$ 3.500 dólares por mês, pelo período de 10 meses, de fevereiro a novembro, com recesso em julho. Também assumiria passagens de ida e volta.

Como requisitos mínimos, exige o título de mestre e a disposição de lecionar 3 disciplinas por semana, por dois semestres, a alunos de Bacharelato/Licenciatura.

A UNTL está firmando parcerias institucionais no Brasil para consolidar o processo de seleção e preparação desses quadros. Não obstante, de modo a divulgar a demanda, desde já torna públicas as áreas em que entende haver maiores carências:

- Na Faculdade de Ciências Sociais, cadeiras de introdução (1º ano) às
seguintes disciplinas:
Administração Pública
Ciências Governamentais
Desenvolvimento Comunitário/Serviço Social
Políticas Públicas

- Na Faculdade de Ciências Sociais, cadeiras de introdução (1º ano) às
seguintes disciplinas:
Gestão
Estudos do Desenvolvimento
Comércio e Turismo

Interessados podem contactar Francisco Figueiredo de Souza, diplomata da Embaixada do Brasil em Timor Leste , pelo e-mail: frasouza@gmail.com

domingo, 28 de agosto de 2011

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional - RBSO CHAMADA DE ARTIGOS!


 RBSO convida a comunidade técnico-científica a submeter artigos para o tema:

   “Atenção integral em Saúde do Trabalhador: desafios e perspectivas de uma política pública”

Nas últimas décadas, várias iniciativas da sociedade brasileira vêm procurando consolidar avanços nas políticas públicas de atenção integral em Saúde do Trabalhador que incluem ações envolvendo assistência, promoção, vigilância e prevenção dos agravos relacionados ao trabalho. No entanto, são grandes os obstáculos à consolidação de programas e ações que poderiam contribuir de forma mais efetiva para a melhoria dos indicadores nacionais, que ainda apontam o país em situação crítica quando comparado com nações socialmente mais desenvolvidas.

No ano de 2009, conforme dados da Previdência, de um total de 740.657 acidentes liquidados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS (http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_101013-150048-095.xls), 2.496 trabalhadores morreram devido a acidentes do trabalho e 13.047  foram afastados por incapacidade permanente. Sabe-se, no entanto, que tais dados representam apenas uma pequena parte do total dos acidentes efetivamente ocorridos, por excluírem agravos não registrados pelas empresas e também aqueles sofridos por trabalhadores do setor informal. Além da reconhecida subnotificação,  assiste-se ao aumento dos agravos e ao surgimento de novo perfil de morbidade (em especial LER/DORT e problemas de saúde mental) decorrentes da reestruturação da economia e da produção.

Saúde do Trabalhador (ST) é um campo interdisciplinar e pluri-institucional que entende o trabalho como um dos principais determinantes sociais da saúde. Este entendimento, no entanto, não tem balizado o estabelecimento de políticas públicas, como pode ser observado, por exemplo, no que se refere à desconsideração deste aspecto pelas políticas de crescimento e aceleração da economia do país.

O desenvolvimento do campo ST nos últimos 25 anos se caracterizou por situação paradoxal, corroborada pela ausência de uma Política Nacional de Saúde do Trabalhador que proponha e permita: o crescimento do número de serviços e sua melhoria, na medida em que, de modo geral, funcionam com graves problemas estruturais (recursos, profissionais, salários, aparato legal, dentre outros fatores); o fomento e o incentivo ao desenvolvimento de serviços articulados intra-intersetorialmente, inovadores, com experiências exitosas e ação bastante efetiva, que demonstram a importância da ação pública no campo.

Como se explica, então, a efetividade dos “serviços” que produzem, de fato, ações de Saúde do Trabalhador? Quais fatores favoráveis podem ser apropriados por outros serviços? Como influenciar o desenho e a implementação de políticas no campo? Quais desafios estão colocados aos serviços de ST nas ações de assistência, vigilância/prevenção, reabilitação e promoção?

A RBSO e o Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Trabalhador da ABRASCO propõem este debate com o propósito de contribuir para a discussão, o entendimento, a implementação e o avanço de uma das mais relevantes políticas públicas a serem efetivamente implantadas no país. Para esta finalidade, espera-se a submissão de artigos oriundos de pesquisas originais, textos de revisão, ensaios e relatos de experiência.

Os trabalhos deverão ser elaborados de acordo com as normas da RBSO, que podem ser acessadas no endereço eletrônicowww.fundacentro.gov.br/rbso.

Deverão também apresentar na primeira página a indicação:

Dossiê Temático: “Atenção Integral em Saúde do Trabalhador: desafios e perspectivas de uma política pública”

Prazo para submissão dos artigos: 30/11/2011

Os trabalhos deverão ser encaminhados para:
                                                                                                                               

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Resolução incentiva protagonismo infantojuvenil

Normativo do Conanda concretiza maior participação de crianças e adolescentes na

 luta pela garantia de seus direitos







do Portal Pró-Menino

A participação infantojuvenil na defesa pelos seus direitos ganhou mais força. No começo de agosto, foi publicada a Resolução nº 149 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Segundo o documento, mais crianças e adolescentes devem participar das comissões de organização de todas as etapas (municipais/distrital e estaduais) da IX Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acontecerá em julho de 2012. 


De acordo com a resolução, os Conselhos dos Direitos serão os responsáveis por garantir
 essa participação. E uma regra deve ser respeitada: a proporção de    uma    criança       ou
adolescente para cada dupla de adultos. “Essa proporção foi decidida para manter a mesma
 proporção da comissão de organização da VIII Conferência Nacional, que    contou      com
 cinco adolescentes, um   representando    cada região do país,   e dez    adultos”,      afirma
Alexandre Cruz, conselheiro do Conanda.

“O Conselho entende que já não é mais possível fazer políticas de promoção dos
direitos de
 crianças e adolescentes sem a participação deles”, acrescenta Alexandre,      conselheiro do
 Conanda. Isso ganhou maiores dimensões com a elaboração e a aprovação,   em abril,     do
 Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. O documento tem    uma
 seção específica sobre o tema e traz decisões que incentivam a “participação       organizada
 e a expressão livre de crianças e adolescentes”.
MobilizaçãoA garantia da participação de crianças e adolescentes   fica   por  conta     dos     
 Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos, que devem    incluí-los    nas   etapas  
anteriores       à Conferência Nacional. Segundo Alexandre, “ o   Conanda  
vai   mobilizar,   conscientizar   e orientar os Conselhos Estaduais que, por sua vez,
devem passar as informações    para   os municípios.
Contamos com o empenho de todos os conselheiros para que   incentivem   os
adolescentes a participar dos eventos”.
Para Miriam Abramovay, coordenadora da   Área de   Juventude   e  Políticas   Públicas da
FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), “  a   resolução é   fenomenal.
Mas o incentivo não deve partir somente dos conselhos dos direitos.  O  tema  deve    ser
abordado em escolas, ONGs e até em    instituições   de   cumprimento   de            medidas
 socioeducativas. Quanto mais o assunto for divulgado,    mais crianças      e adolescentes
vão querer se informar e participar”.
ProtagonismoHá quem diga que crianças e adolescentes são desmotivados e que não se interessam pela
 garantia de seus direitos. “Nós temos idéias adultocratas.
 Exigimos deles que atuem por um    modelo   de    participação de 30,     40 anos atrás. Mas
precisamos entender que, mesmo não indo às ruas, eles participam.     Acabei      de   voltar
 de uma conferência que contou com a presença de mais de 600 jovens.   Isso   mostra  que
 eles estão preocupados  com a realidade em que vivem, com o futuro. E com adolescentes
isso  não  é diferente”, conta Miriam. 
Um exemplo de protagonismo juvenil é a atuação de Márcia Almeida Lima da Silva. Hoje com
16 anos, a adolescente já participou de duas Conferências Municipais realizadas pelo CMDCA
 de São Paulo, onde mora. “Quando cheguei ao abrigo, precisavam de um     adolescente   que
conhecesse o ECA para participar de uma reunião representando o abrigo. Como eu já tinha
aprendido sobre o Estatuto na escola, fui selecionada. Nesse evento    houve    uma     eleição
e eu fui escolhida como delegada para a primeira Conferência do CMDCA    que        participei”,
conta, animada.
Para a jovem, debater os direitos que não são colocados em prática e tentar fazê-los funcionar é
muito prazeroso. “Se o ECA existe para nos ajudar, temos que fazer de tudo para que      as suas
 diretrizes sejam respeitadas e colocadas em prática.
Além disso, gosto de falar sobre isso para amigos do abrigo e da escola. Quando a gente sabe
dos nossos direitos, a gente pode lutar para garanti-los”.
Sobre o futuro, Márcia já tem a resposta na ponta da língua:    “Vou continuar        participando
 das conferências e estudando. Quero me formar em direito e ser juíza da Vara da Infância
 e da Juventude. Assim vou poder ajudar crianças e adolescentes que tiveram direitos violados”.
Notícia atualizada em 24/08/2011 no
http://www.promenino.org.br/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Diálogos Criativos

Segunda-feira 29/08 – 18:00 hs. - AUDITÓRIO DA LIVRARIA SICILIANO


Encontro: Lançamento do livro A SAGA DOS LIMÕES: NEGRITUDE NO ENFRENTAMENTO AO CANGAÇO DE JESUÍNO BRILHANTE de Epitácio de Andrade Filho e mesa redonda sobre o tema.
As falas serão intercaladas por apresentações ao vivo de dois músicos potiguares, que interpretarão clássicos instrumentais da tradição sertaneja. Após o diálogo no Auditório, o autor realizará sessão de autógrafos na parte de baixo da Livraria Siciliano.
Facilitadores: Epitácio de Andrade Filho - Psiquiatra e pesquisador; João Batista de Moura - Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN); Geraldo Barbosa de Oliveira Júnior - Antropólogo; Emanoel Amaral - Jornalista e pesquisador; Vicente Serejo - Jornalista.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Diálogos Criativos

Quarta-feira 24/08 – 19:30 hs. - AUDITÓRIO DA LIVRARIA SICILIANO


Encontro: WORKSHOP DE CANTOS HARMÔNICOS
Oficina dirigida a todas as pessoas que desejarem conhecer suas vozes e se tornarem alertas para a influência do canto harmônico sobre seu corpo, mente e coração. Com um método de trabalho baseado na filosofía budista, a musicoterapeuta belga convidada utiliza o canto harmônico como um instrumento para ajudar as pessoas a se conectarem consigo mesmas e com os outros.
A musicoterapeuta belga Katelijn Vanhoutte
Facilitadora: Katelijn Vanhoutte - Musicoterapeuta belga em visita especial ao Brasil

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Jornal do Brasil discute o uso de Ritalina para reverter problemas no sistema educacional.

O aumento do consumo de Ritalina na rede municipal de saúde de São Paulo não é pontual. O Brasil é o segundo país que mais utiliza o Cloridrato de Metilfenidato (princípio ativo do medicamento), perdendo apenas para os Estados Unidos, destaca a representante do Conselho Federal de Psicologia, Marilene Proença. A substância é adotada no tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Não são poucas as hipóteses levantadas para explicar esse crescimento. Na avaliação de Marilene Proença, a Ritalina, apelidada pelos críticos de "droga da obediência", tem sido adotada como subterfúgio para escamotear falhas no sistema educacional.
- Estamos tendo uma precarização da qualidade do ensino oferecido para alunos na fase de alfabetização. Se a criança não está atenta na escola, se não está escrevendo corretamente como deveria, isso é um problema educacional, pedagógico. Quer dizer que não estamos conseguindo dar conta de uma alfabetização adequada. Mas de repente, há uma epidemia de crianças que não prestam atenção? Não faz sentido. Nasceu uma geração que não presta atenção? A geração anterior prestava e a atual não presta? - indaga Marilene, que também é membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional.
- Consideram que o fato de o aluno não aprender não tem a ver com a questão pedagógica, mas é um problema dele, como se fosse algo orgânico que tivesse dificultando a aprendizagem. A mudança de comportamento estaria sendo feita pela medicação, e não por uma pedagogia adequada - completa.
Já para a professora titular do Departamento de Pediatria da Unicamp, Maria Aparecida Moysés, há uma tentativa de "abafamento dos questionamentos".
- Ritalina e Concerta (também tem o Metilfenidato como príncipio ativo) estão sendo prescritos para crianças que incomodam. Existe uma pressão da indústria farmacêutica, mas creio que há também o ideário de um abafamento de questionamentos, de normalização das pessoas. Todos homogêneos. Pode ser que não seja esse o objetivo, mas é o que acaba acontecendo, porque toda criança que questiona tem TDAH. Você medica e aborta o questionamento. Estamos cada vez mais usando remédio para tudo. Não há mais gente triste. Há gente deprimida. A tristeza incomoda. Te mandam tomar um Prozac. A vida está sendo retirada de cena, porque é irregular, caótica, tem altos e baixos, diferenças. O que está acontecendo é que quem não se submete é quimicamente assujeitado.
Quadro nacional
De acordo com a representante do Conselho Federal de Psicologia, Marilene Proença, os conselhos regionais da categoria irão promover ações locais para "levantar a problemática em seus estados".
- Até novembro, esperamos ter um quadro nacional - afirma.
Dados do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos mostram que de 2000 a 2008, a venda de caixas de metilfenidato saltou de 71 mil para 1.147.000, um aumento de e 1.615%. Os números não consideram receitas de medicamentos manipulados ou comprados pelo poder público.
A comercialização da Ritalina é regulada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora o medicamento - classificado no anexo da Portaria 344/98, na lista das substâncias psicotrópicas -, só possa ser adquirido com receita especial, é fácil consegui-lo clandestinamente. Uma breve busca pela internet revela que não são esporádicas as ofertas da droga.
Relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa de 2009 - dado mais atualizado da entidade sobre o metilfenidato - destacou que há vários estudos e questionamentos quanto ao uso massivo e efeitos secundários da substância, "pois sua utilização já está ocorrendo entre empresários, estudantes, para emagrecimento e até em uso recreacional na forma triturada como pó ou diluído em água para ser injetado".
O relatório informa ainda que a maior preocupação em relação ao Cloridrato de Metilfenidato está, na verdade, relacionada ao seu "mau uso", e não à utilização da substância nos casos de TDAH. Mas pondera ao ressaltar que o medicamento não é indicado para todos os pacientes da doença. O documento acrescenta :
- Segundo estudo publicado em 2009, somente entre 2002 e 2006, a produção brasileira de metilfenidato cresceu 465 por cento. Sua vinculação ao diagnóstico de TDAH tem sido fator predominante de justificativa para tal crescimento. Mas os discursos que circulam em torno do tema e legitimam seu uso também contribuem para o avanço nas vendas.
A psicoterapeuta Cacilda Amorim, do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA), ressalta que as exigências do mercado de trabalho têm provocado aumento na procura por estimulantes cognitivos.
-Hoje, existe uma pressão muito grande para o desempenho de qualidade, principalmente em adultos, em situações de trabalho que não garantem as condições mínimas para que isso seja possível. Em qualquer área, a quantidade de coisas que se espera que a pessoa faça, aprenda, desenvolva. Se não desenvolver, ela se sente inadequada.
"zombie like"
Crítica implacável do traramento com Ritalina, a professora da Unicamp, Maria Aparecida Moysés afirma que a aparente calma promovida pela droga em crianças não é efeito terapêutico, mas "sinal de toxicidade".
- Tem o mesmo mecanismo de ação das anfetaminas e a cocaína. Ele é um derivado de anfetamina. É essa a complicação. Ele age aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A dopamina é um neurotransmissor associado às sensações de prazer. Não é todo mundo que fica mais concentrado. Em torno de 40, 50% ficam mais focado, que é o efeito da anfetamina e da cocaína. Mas foca a atenção no que passar na frente, não necessariamente nos estudos.
Segundo ela, as reações adversas acontecem em todo os órgãos.
- No sistema nervoso central, você tem psicose, alucinação, suicídio, que não é desprezível, cefáleia, sonolência, insônia. Um dos mais importante é um efeito que, em farmacologia, é chamado de "zombie like". A pessoa fica contida em si mesma. Passa a agir como se estivesse amarrada. No sistema cardiovascular, por exemplo, os efeitos são hipertensão, arritmia, taquicardia, parada cardíaca. É uma droga perigosa. Eu não daria para um filho meu.
Postado por Ana Cláudia Barros. Jornal do Brasil.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Mneme - Revista de Humanidades (UFRN-CERES)acaba de publicar os número 28 e 29
(Dossiê: Religião e religiosidade) em
http://www.periodicos.ufrn.br/ojs/index.php/mneme
Basta navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.