quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Em Natal, Jiu-Jitsu contra o bullying agora é matéria escolar

Ronaldo Aoqui: Jiu-Jitsu com padrão Gracie de qualidade na escola Facex em Natal. Foto: Divulgação


Faixa-preta de Jiu-Jitsu, Ronaldo Aoqui é o professor da Gracie Humaitá do Rio Grande do Norte, e screveu gentilmente ao GRACIEMAG.com para contar as novidades por lá.
São boas novas. Agora, uma das mais respeitadas escolas da capital Natal está oferecendo o Jiu-Jitsu para seus alunos. Serão inicialmente duas turmas, uma para os mais jovens e outra para os maiores. Segundo o professor, trata-se de um marco no ensino do Jiu-Jitsu no Nordeste do Brasil, e o fim de “uma barreira” para o esporte no resto do país.
Conta, Aoqui:
GRACIEMAG.com: Como vão funcionar as aulas de Jiu-Jitsu na escola Facex?
RONALDO AOQUI: As aulas serão ministradas dentro da estrutura da Facex-RN. Não será apenas um espaço cedido no cantinho (risos). Será uma atividade que vai fazer parte das atividades regulares da escola, integrada, assim como todas as outras. O programa que será ministrado é exclusivo da Gracie Humaitá RN, com foco no nosso “Antibullying”. Nas aulas, trataremos de forma mais precisa esse tipo de caso.
Quais as vantagens e desvantagens de ensinar para estudantes de um mesmo colégio, com origens parecidas?
Ao ministrar essas aulas para alunos da mesma escola podemos conviver e ficar mais perto dos envolvidos. O objetivo é que esse programa entre como uma solução real para os casos de bullying. Imagine vermos a criança que sofre as agressões, que podem ser físicas ou verbais, e a criança que agride na mesma turma, treinando juntas. Será fantástico. Com o nosso programa, com treinamentos específicos para cada situação, elas se tornarão amigas. Esse tipo de abordagem talvez só seja possível dentro da escola.
Como foram as conversas com a diretoria da escola?
Ótimas. Nas reuniões, além da diretoria, foram convocados coordenadores pedagógicos, coordenadores de esportes e psicólogos. Todos ficaram impressionados com o Jiu-Jitsu, com a qualidade do nosso programa e como ele poderia resolver vários casos que chegam até eles constantemente. Não tivemos nenhum tipo de comentário negativo. Inclusive, eles disseram que já tinham recebido outras propostas para incluir o Jiu-Jitsu por lá, mas nenhuma com a abordagem pedagógica que temos. Outros colégios estão interessados em implementar também. Ficamos muito felizes por isso, pois conseguimos quebramos uma barreira enorme. Aproveito para agradecer a diretoria da Facex-RN pelo apoio, que foi sensacional, e parabenizar pelo comprometimento e carinho que demonstram por seus alunos.
O que você recomenda para professores de Jiu-Jitsu que planejam ir atrás de uma parceria com colégios?
Primeiro de tudo é elaborar um programa de aulas eficiente. Depois, é preciso implementar esse programa na própria academia e fazê-lo funcionar. Com isso você terá resultados e poderá apresentá-los na escola. Sempre tenha argumentos para tudo, pois você está propondo ensinar para crianças, e os pais delas vão querer saber quem, por que e como vão fazer isso. Cuidem bem das crianças e vejam elas como seus próprios filhos, afinal elas são nosso bem maior. É a principal dica que posso dar.
Por Marcelo Dunlop/GracieMag

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