domingo, 23 de junho de 2013

Curso de Iniciação a Docência da UFRN inicia suas atividades

O Curso de Iniciação a Docência (CID) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) teve início na manhã desta sexta-feira, 21, no Auditório da Reitoria. O evento tem o objetivo de desencadear a reflexão crítica sobre o processo de ensino-aprendizagem e a formação do professor no ensino superior integrado à pós-graduação.

A abertura do evento contou com a presença da reitora Ângela Paiva Cruz, que deu as boas- vindas aos participantes, seguida da palestra “Programa de Assistência a Docência na Graduação”, proferida pela pró-reitora adjunta de Pós-Graduação, Fernanda Nervo Raffin.


O curso terá um total de 45 horas, sendo 32 horas para o Módulo I e 13 horas para o Módulo II. Neste primeiro módulo, haverá Encontros Teórico-Vivenciais (ETV), nos dias 25, 26 e 28 de junho, abordando os temas “Educação Inclusiva no contexto da UFRN”, “Aprendizagem de Jovens e Adultos na Universidade”. Já no módulo II, acontecerão encontros de orientação, nos dias 30 de julho, e 1º de agosto, além da palestra “Reflexão do Estágio Docente para Elaboração do Relatório Final”, na manhã de 18 novembro.

A capacitação seguirá com atividades presenciais e virtuais até janeiro de 2014. Para mais detalhes sobre a programação do CDI, o contato deve ser feito pelo telefone: 3215-3190 ou pelo e-mail: docenciaassistida@reitoria.ufrn.br.
Por Boletim Diário da UFRN –

Conselho Federal de Psicologia (CFP) considera um retrocesso aprovação do projeto chamado "cura gay" em Comissão


O Conselho Federal de Psicologia (CFP), divulgou nota nesta terça feira, dia 18, e afirma considera um retrocesso a aprovação do projeto chamado "cura gay" pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Segundo a conselheira do CFP, Cynthia Ciarallo, a resolução fere um direito já consolidado. O conselho ressalta que, em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do rol de doenças.
 
"Temos avanços no Judiciário relacionados ao reconhecimento da união estável, relacionados a possibilidade de adoção, tantos avanços hoje já colocados. Agora temos um debate que não só compromete uma resolução de um conselho profissional, mas o próprio debate acerca disso", disse Cynthia. "Quando avançamos, de repente isso se torna um motivo a mais para acirrar toda a violência que as pessoas com orientação homossexual sofrem no país".
 
Cynthia esclarece que nenhum profissional está impedido de atender a homossexuais e nem os homossexuais estão proibidos de procurar serviço psicológico por se sentirem desconfortáveis com a orientação. "Cabe ao psicólogo esclarecer e compreender o sofrimento vinculado à natureza de opção sexual como um processo que é gerado na própria sociedade", diz. Segundo ela, o sujeito se sente desconfortável porque a própria sociedade não o aceita e os profissionais estão proibidos de ter atitudes preconceituosas.
 
Confira a nota oficial do Conselho Federal de Psicologia:
 
 "O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vem a público manifestar indignação mediante a aprovação na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM/CD) do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 234/2011, do deputado João Campos (PSDB-GO), que visa sustar trechos da Resolução do CFP nº 1/99, que estabelece normas de atuação para as (os) psicólogas (os) em relação à questão da orientação sexual. A votação ocorreu nesta terça-feira (18), na CDHM. O debate foi marcado por uma discussão truculenta e arbitrária, que não levou em conta os anseios da população dentro da “Casa do Povo”.
O voto foi realizado de maneira simbólica, onde o presidente da comissão, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), disse “os favoráveis permaneçam como estão”. Também não foi observado o quórum mínimo de parlamentares no momento da votação, que necessitaria de pelo menos 10 deputados presentes. O pedido de contagem havia sido feito uma hora antes, propiciando um cenário arbitrário de apreciação do PDC 234/2011.
 
Com a baixa representatividade de parlamentares durante a sessão, com no máximo oito deputados presentes durante a votação, foi possível observar que não havia quantidade suficiente de parlamentares que legitimassem as decisões da CDHM. O que aconteceu na tarde desta terça-feira configura um episódio triste para a história brasileira, que enfraquece a luta pelos Direitos Humanos no Brasil e, consequentemente, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
 
Vale lembrar que em nenhum momento, durante sua tramitação na CDHM, foram levados em consideração argumentos contrários à aprovação da proposta provenientes de diversos parlamentares, a exemplo do deputado Simplício Araújo (PPS-MA), que por diversas vezes pediu a retirada do assunto de pauta por considerar a proposta inconstitucional, e optou por fazer seu voto em separado dos demais. A aprovação do PDC também foi questionada pelo deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), ao considerar que a Comissão extrapolou as competências ao legislar e revogar o “poder de órgãos de classe”.
 
Os debates dentro da CDHM também deixaram de observar as manifestações públicas da sociedade civil e de entidades que atuam na área, a exemplo do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).
As atuações controversas da Comissão que – ao invés de proteger as minorias, as perseguem – levaram o Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa (CBDHPE) a optar, em 22 de abril de 2013, pela suspensão da CDHM do seu quadro de entidades integrantes. A decisão também levou em conta o fato da CDHM ter se fechado à participação da sociedade. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tornou-se um espaço de acirramento de disputas, suscetível ao retrocesso de direitos conquistados pela sociedade junto a deputados verdadeiramente comprometidos com os direitos humanos.
 
Parecer elaborado pelo CFP, na defesa de suas atribuições enquanto autarquia, demonstrou a falta de embasamento dos os argumentos jurídicos levantados pelo deputado João Campos, ao propor que os dispositivos da Resolução do CFP se tornem sem efeito, “por não ter caráter regulamentar, e por isso não podem constar de uma Resolução e sim de uma Lei”. O documento do Conselho destaca “que a escolha por argumentos jurídicos, pretensamente em defesa de prerrogativas do Legislativo, assinalam, tão somente, o meio menos oneroso para evitar o debate de mérito sobre práticas obscuras e violadoras dos Direitos Humanos que a Resolução nº 1/99 do CFP, em muito boa hora, tratou de coibir”.
 
A Resolução do CFP foi elaborada em 22 de março de 1999, após exame de denúncias sobre a ocorrência de práticas de “tratamento da homossexualidade” por parte de profissionais da Psicologia e tendo em conta o consenso vigente na comunidade científica internacional, os princípios básicos da Constituição Federal e os compromissos mais elementares em favor dos direitos humanos.
 
A norma estabelece que psicólogos e psicólogas tenham total liberdade para o exercício profissional, o que é garantido pelos Conselhos Regionais e Federal. Isso diz respeito à área que escolhem para trabalhar, ao suporte teórico que selecionam e a muitas outras dimensões profissionais, mas ela deve ser regrada pelos princípios éticos da profissão. A Resolução CFP nº 1/1999 não cerceia o profissional. Sua função precípua é acolher o sofrimento. Não há dispositivo editado pelo CFP que impeça o atendimento, tampouco que proíba o profissional de acolher o sujeito que chega ao consultório, ao hospital, ou a qualquer outro espaço que se encontre o trabalho da Psicologia. Faz-se ainda necessário repetir: não se trata de negar a escuta psicológica a alguém que queira mudar a sua orientação sexual, mas sim, de não admitir ações de caráter coercitivo e dirigidas pelo preconceito, como quando alguns psicólogos afirmam que a homossexualidade pode e deve ser “invertida”.
 
A homossexualidade não constitui doença para carecer de tratamento, nem distúrbio, tampouco perversão. Nesse sentido, a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações.
 
Após aprovação na Comissão de Direitos Humanos, o PDC 234/2011 ainda passará pela apreciação das comissões de Seguridade Social e Família (CSSF) e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de ir ao Plenário da Câmara dos Deputados. O CFP vai continuar o movimento contrário à aprovação do PDC em todas as instâncias onde a proposta ainda vai passar na Câmara dos Deputados, mobilizando cada vez mais atores envolvidos com o tema.
 
A autarquia tem a convicção de que ao final do processo prevalecerá o respeito à Psicologia enquanto ciência e a profissão, e à decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que retirou a homossexualidade do rol de doenças desde o dia 17 de maio de 1990. Acreditamos no respeito aos Direitos Humanos e conclamamos os legisladores a participarem deste amplo esforço na direção da garantia e promoção de direitos, para que a “Casa do Povo” não seja cenário e palco da violação e do retrocesso."
 
Com informações da Agência Brasil
 Por Lado A

domingo, 9 de junho de 2013

A verdadeira face da violência escolar

Nos Estados Unidos o termo usado em diversas pesquisas é “delinquência juvenil”; na Inglaterra é definido por alguns atores apenas no caso de conflitos entre estudantes e professores ou medidas disciplinares como suspensão. No Brasil, ainda não temos um conceito definido como consenso para a violência escolar.


Por Manuela Braga*


O especialista Bernard Charlot, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8, classifica violência escolar em três níveis: violência (golpes, roubos, crimes, vandalismo e sexual), incivilidades (humilhação, falta de respeito) e simbólica ou institucional (desprazer do ensino por parte dos estudantes e negação da identidade e da satisfação profissional por parte do professor).

O fenômeno da violência nas escolas, já reconhecido e pesquisado desde a década de 1950, vem ganhando graves proporções. Relacionado diretamente com a disseminação do uso de drogas e armas, hoje se tem como fator agravante a distância cada vez maior entre escola e comunidade, mas também devemos considerar fenômenos como a globalização nos moldes de uma sociedade em que apresenta uma completa inversão de valores e a exclusão social.

Outro fator determinante é a falta de identidade com a escola não só pelos estudantes, mas também pelos profissionais em educação, se tornando uma violência de cunho institucional, onde se fundamenta um sistema de normas e regras autoritário: as regras de convivência, o projeto político-pedagógico, os recursos didáticos e a qualidade da educação.

O conteúdo não lida com temas básicos que são vividos pelos jovens, ignora a realidade, da juventude e o professor pouco consegue flexibilizar o conteúdo e o formato das aulas, não tendo - na grande maioria das vezes - acesso nenhum a ferramentas básicas como laboratórios, quadras e bibliotecas que contribuam para repassar o conteúdo.

Enfrentamos salas de aulas abarrotadas, professores desvalorizados que não conseguem sequer preparar a aula por serem obrigados a lecionar em mais de uma escola, para com isso, poder ter as despesas custeadas pela profissão que escolheu. 

Em pleno 2013, a principal ferramenta - ou a única para transmitir o conteúdo - é o quadro de giz, em tempos onde faz parte do nosso dia equipamentos de alta tecnologia, temos um hiato ascendente entre o que se passa dentro e fora da escola.

As regras de convívio não necessariamente correspondem às expectativas e demandas do século 21. Onde está expresso, por exemplo, que para entrar na sala de aula o estudante deve tirar o boné, que todos devem usar roupas iguais, nas cores e modelos definidos pelo sistema de ensino? Não estou dizendo com isso que se deve permitir que quem queira entre de boné na aula, muito menos que não se deve usar o fardamento, mas porque essas medidas não são discutidas com toda a comunidade? A verdade, é que nós jovens, somos em todos os sentidos obrigados a vestir um personagem para entrar na escola.

O ambiente escolar que deveria ser um espaço para compartilhar conhecimentos, vivenciar boas experiências, debate, diálogo, se tornou um ambiente cada vez mais defasado, sem papel definido e desestimulante tanto para estudantes, quanto para professores.

Esse sistema coloca estudantes e professores em lados opostos, como verdadeiros inimigos, o que não é verdade, ambos são vítimas de um sistema educacional defasado.

Recentemente a Apeoesp divulgou uma pesquisa onde mostra dados reveladores sobre a violências nas escolas. A mesma pesquisa onde mostra que os estudantes são os principais agressores também mostra que eles são as principais vítimas e que as escolas que fazem algum tipo de campanha e traz essa discussão para a comunidade tem menores índices de casos de violência. As experiências nos mostram o caminho a seguir.

Está longe de fazer parte do conjunto de soluções para educação o policiamento e câmeras que cada vez mais vem fazendo parte do nosso cotidiano, uma violência não apenas contra os estudantes, mas também contra os professores.

A mesma pesquisa também mostra que apenas 5% dos professores acreditam que o policiamento é eficaz no combate e que escolas que realizam campanhas têm menor índice de violência. O caminho é o inverso do que se vem trilhando para o combate a violência nas escolas.

A escola tem um papel estratégico na garantia de direitos e qualidade da educação, deve ser entendida na perspectiva não apenas de transmitir o conhecimento, mas também de defender os direitos dos que a ela tem acesso. Embora tenhamos fatores externos atenuantes e que influenciam no comportamento do jovem no ambiente escolar, podemos encontrar soluções eficazes trabalhadas em conjunto com professores, estudantes, servidores e comunidade. 

Claro, não podemos apresentar uma receita de onde se vai ter resultado eficaz em todas as escolas, mas nas escolas onde possuem grêmios, conselhos escolares e gestão interativa com a comunidade têm-se no geral, resultados impactantes no combate a violência, aprendizado do conteúdo e professores mais valorizados e satisfeitos.

Construir uma educação transformadora, libertadora e emancipadora, é uma luta que deve ser travada por toda a sociedade, aqui não há dúvidas de que estudantes e professores marcham no mesmo caminho.

*É presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes)


Por Portal Vermelho

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domingo, 2 de junho de 2013

Inscrições para doutorado em Ciências da Saúde seguem até o dia 12

O Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), segue com inscrições abertas para o processo seletivo de doutorado no segundo semestre de 2013  até a próxima quarta-feira, 12 de junho.

São 23 vagas distribuídas de acordo com as linhas de pesquisa. As inscrições devem ser feitas via internet, pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), no link:  http://www.sigaa.ufrn.br/sigaa/public/processo_seletivo/lista.jsf;jsessionid=B0B007DAFCB2D57B52F1947BD2F99E4D.sistemas3i1, observando a documentação necessária que consta no edital.

Os documentos exigidos devem ser entregues pessoalmente dentro do período de inscrição na secretaria do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCSa), localizada no 2º andar do Prédio do CCS, na Avenida Gustavo Cordeiro de Farias, s/n, Petrópolis, Natal RN, CEP 59.012-570, no horário das 8h30 às 11h30.

Residentes de outros estados podem entregar a documentação por intermédio de um procurador com documento autenticado. Informações adicionais podem ser obtidas através do email secretaria@ppgcsa.com.br ou ainda pelo telefone 3342-9776.
Por Boletim Diário da UFRN – Natal/RN