quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Curso a distância capacita para mercado de jogos eletrônicos



O Ministério da Cultura, a Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) e o Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NECCULT-UFRGS), lançam, nesta quarta-feira (31), o curso O setor de games no Brasil: panorama, carreiras e oportunidades na modalidade de educação a distância (EAD) – o primeiro de uma série de três cursos em EAD voltados para a capacitação de futuros ou atuais profissionais do mercado de jogos eletrônicos. Os demais cursos - Dicas e desafios para empreendedores e Internacionalização no setor de games - serão lançados em fevereiro. 
 
Gerados a partir do conteúdo dos debates da edição de 2017 do Brazil's Independent Game Festival (BIG Festival), o maior festival de jogos independentes da América Latina, cada curso tem 30 horas. Eles estarão disponíveis gratuitamente na plataforma de cursos on-line Lúmina, da UFRGS, contarão com material de apoio e, ao final de cada um, os participantes receberão certificado da universidade gaúcha. Durante o BIG Festival 2018, entre os dias 27 e 29 de junho em São Paulo, haverá uma solenidade de entrega de certificado para as dez primeiras pessoas que completarem os três cursos.
 
O curso introdutório, Setor de games: panoramas, carreiras e oportunidades, pode ser feito tanto por iniciantes quanto por aqueles que já dispõem de informações sobre o mercado de jogos. As inscrições estarão abertas a partir de quarta-feira (31) e podem ser feitas neste link. Com cinco aulas, neste primeiro curso será feita uma análise inicial do setor, sua importância na economia criativa, nas estruturas das desenvolvedoras independentes e na articulação de comunidades que permitam um crescimento conjunto do setor. Foca também nas experiências dos profissionais que construíram uma carreira no setor de jogos no Brasil. A ideia é mostrar quais são as possíveis áreas de atuação dentro do mercado de games, entre as quais estão roteirista, programador e designer, entre outras. 
 
O papel das instituições públicas no fomento do setor e no seu fortalecimento ao longo dos últimos anos também é abordado por este primeiro curso do programa. Os alunos poderão ver as orientações de especialistas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e da Spcine sobre como as pequenas desenvolvedoras de games podem obter sucesso.
 
O curso 2 – Dicas e desafios para empreendedores – tem três eixos principais. O primeiro trata de financiamento e monetização de games, colocando em perspectiva como arrecadar fundos e, posteriormente, como se tornar financeiramente sustentável. O segundo eixo trata das relações contratuais e com outros atores da indústria (desenvolvedoras, publicadoras) e como criar uma imagem para o estúdio desenvolvedor. O terceiro eixo discute os desafios enfrentados pelos empreendedores do setor e como contorná-los.
 
O curso 3 – Internacionalização no setor de games – apresenta oportunidades de atuação internacional e a rede de apoio estruturada para ajudar os desenvolvedores nessa nova etapa de negócios. Oferece uma visão geral do processo de internacionalização e mostra como o setor de games pode ser entendido nesse contexto, atentando para o projeto Brazilian Game Developer (BGD) e para as iniciativas da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento )(Apex-Brasil) e da Ancine em parceria com a Abragames. Ademais, são discutidas possibilidades de investimento que permitem impulsionar a atuação internacional dos desenvolvedores brasileiros. Também serão apresentadas as características de potenciais mercados para expansão das empresas brasileiras, como a China e a América Latina.
 
Games no Brasil
 
O faturamento do setor de games no Brasil em 2017 foi de R$ 1,3 bilhão, segundo pesquisa realizada pelo MinC, BNDES, Abragames e BIG Festival, entre junho e julho do ano passado com 151 empresas independentes de jogos digitais. O faturamento mundial no mesmo ano foi de R$ 116 bilhões. Estima-se que em 2020 este valor chegue a US$ 143,5 bilhões – um crescimento médio de 7,3% ao ano. 
 
A maioria das empresas de games no Brasil estão nas regiões Sudeste e Sul (78%). São Paulo concentra a maior parte dos desenvolvedores de games, seguido do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. A metade das empresas do setor (50%) já passaram de três anos de funcionamento e mais de 70% têm até cinco colaboradores. Mais da metade tem até três jogos lançados e atua tanto no mercado brasileiro quanto internacional.   
 
Desde 2009, o MinC investe em games por meio de editais: já investiu R$ 20 milhões pela Ancine e R$ 3 milhões pelas secretaria do Audiovisual e de Economia da Cultura.
 
Por Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura

Os cinco erros mais cometidos por redatores

O emprego inadequado do “onde”, do “seja” e do verbo “lembrar” estão entre os cinco erros mais cometidos por redatores profissionais.

 Mesmo os escritores mais habilidosos estão sujeitos a cometer deslizes gramaticais.
Escrever bem parece ser uma tarefa difícil e, de fato, é. Não, não estamos querendo desanimá-lo(a), mas é bem verdade que se disséssemos o contrário estaríamos mentindo. Difícil, mas não impossível, principalmente se você for um bom leitor, pois nada melhor do que enriquecer seu repertório cultural e linguístico com uma boa leitura. Além do hábito da leitura, você pode também aprender com as dicas de português que o Brasil Escola preparou para você.
Hoje você vai aprender com os erros mais cometidos por redatores, pessoas que, apesar de escreverem profissionalmente, não estão livres de cometer deslizes gramaticais, o que é absolutamente compreensível, haja vista a complexidade de nossa língua portuguesa. Quem nunca se deparou com algum tipo de erro gramatical ao abrir um jornal (impresso ou virtual)? São situações corriqueiras em nosso dia a dia que acabam evidenciando certa falta de cuidado (revisar aquilo que se escreve é essencial) e também o desconhecimento de algumas normas linguísticas. São muitas as regras – e também muitas as exceções – que podem induzir o falante ao erro na hora de transferir para a modalidade escrita as palavras que moram no mundo das ideias. Vamos lá? Mãos à obra e bons estudos!

Os cinco erros mais cometidos por redatores

Dica 1 → Cuidado com o verbo “lembrar”:
O verbo “lembrar” é um daqueles verbos polissêmicos. Isso significa que, a depender do contexto, ele pode apresentar diferentes acepções. Observe como e quando empregá-lo corretamente de acordo com seu significado e transitividade:
* Lembrar com o sentido de “relembrar”: Quando o verbo “lembrar” apresentar essa significação, ele exigirá o emprego de uma preposição:
Lembrou-se de que não havia telefonado para o chefe para avisá-lo sobre os motivos de seu atraso para a reunião.
Lembrou-se de mim quando ouviu a canção.
** Lembrar com o sentido de “similaridade”, “semelhança”: Quando for empregado com esse significado, o verbo “lembrar” não exigirá emprego de uma preposição. Veja os exemplos:
Ele lembra bastante aquele ator famoso!
Aquela moça lembra alguém que conheço, mas não me lembro de quem!
** Lembrar com o sentido de “advertir”, “informar”: Com esse sentido, o verbo “lembrar” exigirá um pronome oblíquo mais a preposição “de”:
O jornalista recebeu um e-mail lembrando-o de publicar uma matéria sobre o concurso público.
O funcionário recebeu uma advertência lembrando-o da importância da boa convivência no ambiente de trabalho.

Dica 2 → A longo prazo ou em longo prazo?
Assim como o famigerado “entrega a domicílio”, a expressão “a longo prazo” também provoca muitas dúvidas entre os falantes. Para não errar, evite o uso da preposição “a” nessas duas situações e, caso a dúvida persista, consulte uma boa fonte de informação para eliminá-la. Veja alguns exemplos que mostrarão para você o uso adequado da expressão “em longo prazo”:
Não temos previsão sobre as perdas que sofreremos em longo prazo.
Com trabalho e dedicação, os resultados virão em longo prazo.

Dica 3 → Uso do pronome “mesmo”:
Você pode empregar o pronome “mesmo” como pronome demonstrativo, substantivo ou adjetivo, mas nunca como pronome pessoal. Esse tipo de erro é muito comum em redações. Saiba agora como evitá-lo:
Errado: O aluno foi afastado da escola por três dias em virtude de seu mau comportamento. O mesmo retornará para a sala de aula na próxima semana.
Certo: O aluno foi afastado da escola por três dias em virtude de seu mau comportamento. Ele retornará para a sala de aula na próxima semana.

Dica 4 → Cuidado com o emprego de “onde”:
A palavra “onde” funciona sintaticamente como adjunto adverbial de lugar, ou seja, deverá ser empregada nas situações em que houver indicação de espaço, lugar. Fora desse contexto, utilize pronomes relativos como “em que” ou “no qual”. Observe:
Errado: A criança começou a frequentar a escola agora. Essa é uma fase maravilhosa, onde os pequenos começam a relacionar-se com pessoas diferentes e a descobrir a vida.
Certo: A criança começou a frequentar a escola agora. Essa é uma fase maravilhosa, na qual os pequenos começam a relacionar-se com pessoas diferentes e a descobrir a vida.

Dica 5 → Fique atento para o uso do “seja”:
A palavra “seja” não deve ser empregada sozinha em uma oração, tampouco ligada a uma conjunção. Quando for utilizada para exemplificar alguma coisa, ela deverá ser duplicada. Observe:
Errado: Seja aqui ou na China, nossa obrigação é ser feliz!
Certo: Seja aqui, seja na China, nossa obrigação é ser feliz!

Por Luana Castro/Brasil Escola

UFRN seleciona professores substitutos e temporários

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está com inscrições abertas, até o dia 5 de fevereiro, para os interessados em participar de seleção para contratação de professores substitutos e temporários. 
A seleção é direcionada para atuação em diversas áreas do conhecimento nos níveis Superior, Básico, Técnico e Tecnológico. O processo seletivo constará de dois tipos de avaliações: Didática e Prova de Títulos. 
Detalhes sobre o procedimento entre outras informações podem ser conferidas no edital de seleção.
 Por Boletim UFRN

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Quando um lápis consegue o mesmo que uma câmera


Estas imagens não são fotos em preto e branco, mas sim desenhos de uma jovem artista nigeriana

 

Ela mesma, com seus 23 anos, parece estar consciente de que muitas pessoas não sabem em que categoria se enquadra sua arte. Talvez por isso apresentou desta forma a sua obra em 17 de janeiro, no Twitter: “Meu nome é Chiamonwu Joy, sou uma artista hiper-realista nigeriana. Desenho com lápis em papel. Tudo isso são desenhos”.

A mensagem foi retuitada mais de 84.000 vezes em dez dias. O Twitter dedicou um Moments à postagem e veículos de todo o mundo escreveram sobre ela. “Desenho desde que tinha 7 anos. Na escola primária, descobri que adorava artes”, disse ao jornal britânico Metro.
O site sobre cultura pop Kunbini afirma, em um artigo, que os desenhos de Joy se inspiram na cultura igbo, original do sudeste da Nigéria. A resenha abordava a participação da artista na exposição Insanity Art Exhibition, realizada no fim de 2016 em Lagos, uma das maiores cidades do país africano. Ela era a única mulher a participar da mostra.
 Os novos desenhos de Joy, que chamaram mais atenção na Internet, pertencem à série intitulada Antigo Testamento. “São obras criadas em uma tentativa de fazer com que as pessoas vejam com seus olhos os capítulos escondidos, as páginas perdidas e as conchas enterradas, uma tentativa de nasça, mesmo dentro dessa bruma, uma onda de nostalgia”, explica a artista em sua conta no Instagram.
“Não consigo acreditar que são desenhos”, talvez alguém ainda pense. É um dos comentários mais repetidos nas postagens de Joy nas redes sociais.
 Nos últimos dias, outros artistas hiper-realistas nigerianos também atraíram muita atenção na Internet. Ken Nwadiogbu, de 23 anos, também conseguiu que um tuíte seu com suas obras fosse retuitado milhares de vezes. Ele se apresenta da mesma maneira que Joy.
 



O hiper-realismo é um estilo adotado por muitos artistas, como os italianos Marco Grassi e Diego Koi, o mexicano Omar Ortiz e o nigeriano Arinze Stanley. A seguir, mais fotografias – ou melhor, obras – da artista nigeriana.
Por Verne/ El País

domingo, 28 de janeiro de 2018

Algumas pessoas são supercriativas, outras não – e agora sabemos o motivo

Conseguiram mapear o ponto do cérebro onde a criatividade acontece – e entender porque ela é mais frequente em uns cérebros que em outros.

(Shai-Halud/iStock)
Para que serve uma meia?
Pense um pouco nessa pergunta – e tente evitar respostas como “para deixar os pés quentinhos”. Imaginar usos não-convencionais para objetos banais é uma das formas mais utilizadas por cientistas para testar a criatividade das pessoas.
E foi graças a um experimento como esse que cientistas conseguiram mapear, no cérebro, as regiões que se conectam para gerar “alta criatividade” – e responder porque a pensamentos criativos se manifestam mais em certas pessoas do que nas outras.
O estudo pediu que 163 voluntários dessem suas respostas sobre o uso de meias e outros objetos. Cada resposta foi avaliada por quão divergente e original ela era – ideias como “meias podem servir para filtrar água” recebiam altas notas, por exemplo.
Só que enquanto respondiam a essas perguntas divertidas, os participantes passavam também por um exame de ressonância magnética. Portanto, os cientistas sabiam quais regiões em cada cérebro ficavam mais ativas durante o teste.
Os neurocientistas, então, buscaram correlações entre a pontuação das pessoas e as áreas cerebrais que eram ativadas no momento do exercício. Depois, foram pescar, no meio desse mar de informação todo, quais eram as áreas estavam conectadas umas às outras durante o processo criativo. O resultado foi o “Mapa Cerebral da Alta Criatividade”.
A Trindade Criativa do Cérebro
O circuito criativo que eles encontraram combinava regiões que pertencem a três sistemas cerebrais diferentes.
Temos, primeiro, a Rede de Modo Padrão, nome oficial  do “piloto automático do cérebro”. Faz todo sentido: essa rede mantém seu cérebro funcionando enquanto você faz atividades repetitivas, que não merecem sua atenção. Seu cérebro fica livre, então, para sonhar acordado e gerar novas ideias – processos essenciais para a criatividade.
O segundo sistema que apareceu no mapa foi a Rede de Controle Executivo. Essencialmente, ela é o oposto da anterior: é ativada quando uma tarefa exige atenção, foco e controle sobre o pensamento.
Aí é que está o mais curioso: essas redes não costumam funcionar juntas.
Pense que você está viajando de carro. Se vai para um lugar desconhecido, seus pensamentos ficam concentrados em não errar o caminho. Não sobra espaço para mais nada. É o controle executivo em ação.
Já quando vai para o mesmo lugar muitas vezes, sua cabeça “desliga”. Você faz todas as tarefas necessárias para chegar ao destino, sem nem perceber. Essa é a rede de modo padrão no comando.
Naturalmente, você não “desliga” e “foca” ao mesmo tempo. Ou era o que nós pensávamos. No novo estudo, tudo indica que a criatividade só pode existir se esses dois sistemas opostos trabalharem juntos.
E aí que entra o terceiro sistema, a Rede Saliente. Ela funciona como a ponte, conectando a ação das outras duas redes. É possível, inclusive, que ela funcione como um interruptor, alternando qual rede está ativa.
A receita básica da criatividade cerebral
Mas porque isso importa para a geração de ideias criativas? Como falamos, a Rede de Modo Padrão dá luz a novas ideias, permite que seu cérebro saia da caixa e favorece o pensamento abstrato.
Mas uma ideia criativa não é só diferente do padrão – ela precisa ser boa. Não adianta sugerir que uma meia seja usada como substituto para papel sulfite. É uma ideia divergente, só não serve para nada.
Entra aí o Controle Executivo. Ele parece atuar no processo de avaliação de ideias, para descartar os resultados menos úteis das “viagens” do Modo Padrão.
Para que tudo isso aconteça praticamente ao mesmo tempo, entra a Rede Saliente, a “comunicação interna” que sincroniza os dois processos anteriores. Se tudo der certo, o resultado é uma grande Eureca.
Porque existem os criativos e os não criativos
Se você é criativo, o sistema descrito acima funciona melhor. E os cientistas podem provar: eles mostraram que, entre as pessoas com as respostas mais criativas, existiam conexões mais fortes entre essas três áreas do cérebro. Quanto mais conectadas as áreas eram, melhores as respostas do que fazer com a meia.
Depois, eles testaram essa conclusão com três levas de voluntários totalmente diferentes. Só olhando para o cérebro delas, os cientistas conseguiram prever com uma precisão razoável o quão criativas seriam as respostas.
A conclusão deles é que o cérebro dos supercriativos é melhor em fazer os sistemas opostos de Modo Padrão e Controle Executivo funcionarem juntos.
Mas calma: se você até agora não conseguiu pensar em nada útil e diferente para fazer com uma meia, não se assuste. O próximo passo dos pesquisadores vai ser entender se atividades como aulas de desenho são capazes de fortalecer as conexões entre os sistemas e tornar as pessoas mais criativas suando a camisa (e as meias).
Por Ana Carolina Leonardi/Superinteressante

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Se o azul é uma cor primária, por que existem tão poucos animais nesse tom?



Ao lado do vermelho e do amarelo, o azul é considerado uma das cores primárias: através da mistura dessas três, é possível conseguir uma infinidade de outras tonalidades. Mas apesar de o azul ser tão “básico”, vocês já notaram como existem pouquíssimos animais com essa coloração?
As plantas conseguem produzir o pigmento por causa da antocianina, que é derivada de sais flavílicos. E ela não produz só o azul: cores como o alaranjado, o vermelho e o roxo também têm origem na antocianina, que protege as plantas contra os raios ultravioletas.
Os animais, entretanto, não são capazes de produzir a tonalidade azulada. Por isso, quando algum bichinho possui essa cor, isso é resultado de outras variáveis, como a iridescência (um fenômeno ótico) ou a reflexão seletiva.

Na fauna, o azul não é a cor mais quente

O site Mother Nature Network usou o exemplo do pássaro gaio-azul para explicar essas variáveis. Como o pequeno animal produz melanina, sua coloração natural deveria tender ao preto, e não ao azul. Porém, alguns pequenos espaços de ar nas penas da ave são responsáveis por dispersar a luz, fazendo com que esse passarinho pareça azul a nossos olhos.

O efeito acima é chamado de “Dispersão de Rayleigh” e explica outras coisas, como a coloração azul do nosso céu. Ele também pode ser usado para explicar essa tonalidade em diferentes tipos de borboleta e outras aves. Curioso, não?
Através disso, fica mais claro por que existem pouquíssimas espécies de répteis, anfíbios, peixes e mamíferos com a cor azulada. Um desses casos é a raríssima iguana-azul, natural da ilha de Grande Caimão, na América Central. Em 2007, pouco mais de 300 espécimes viviam livres na natureza.
Por Diego Denck/Mega Curioso

O que são os transtornos mentais?

transtornos mentais

Os transtornos mentais são como doenças da mente. Pode ser bastante difícil entender isso a partir de explicações abstratas. Mas podemos tentar explicar os transtornos mentais comparando-os com construções. Se transtornos mentais fossem casas, a depressão seria a mais solitária. A ansiedade seria como uma prisão asfixiante. A insônia seria um lugar habitado por relógios sem ponteiros, porque lá o tempo não passa. Foi isso que pensou Federico Babina, um arquiteto que quis mostrar para nós como seriam as realidades da nossa mente quando esta se converte em nosso maior problema.
Quem já passou por ou sofre agora mesmo de algum tipo de transtorno mental com certeza se identificará com esse curioso e impactante trabalho artístico. Mas também não é necessário sentir na própria pele essas questões para entendê-las. Isso porque muitos de nós temos contato direto com pessoas que já tiveram ou têm transtornos mentais: alguma pessoa com Alzheimer, algum parente com esquizofrenia, transtorno do espectro autista, algum tipo de fobia ou mesmo insônia crônica.
“A dor mental é menos dramática que a dor física, mas é também mais comum e mais difícil de suportar”.
-C. S. Lewis-
As características dessas condições da mente humana descrevem lugares em que podemos ficar presos, isolados, ou até perdidos. Por mais evidente que isso pareça para a maioria, há pessoas que ainda não entendem a possibilidade de adoecer pela mente, ou sequer acreditam nisso. Os transtornos mentais, queiramos ou não, seguem sendo estigmas na nossa sociedade.
Cada pessoa, no entanto, é um mundo. E cada mente está presa dentro de paredes bastante grossas que a separam da realidade. Isso é o que sente Federico Babina. O arquiteto italiano quis trazer visibilidade a partir do seu campo de trabalho para a dureza dessas doenças e transtornos mentais. Esse projeto foi chamado de “Archiatric”, em um trocadilho entre as palavras arquitetura e psiquiatria em inglês, e merece ser conhecido.

E se os transtornos mentais fossem casas?

1. A depressão

A depressão é um dos tipos de transtornos mentais mais frequentes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) chega a considerá-la uma epidemia. Longe de ter curas rápidas ou óbvias, a questão pode se converter nos próximos ano em uma das principais causas de incapacidade entre as doenças.
Por outro lado, algo que frequentemente descuidamos e que as instituições médicas tentam nos lembrar é de que a depressão aumenta o risco de aparição de outros problemas. Doenças do coração, diabetes ou inclusive o abuso de substâncias químicas têm seu risco aumentado entre os depressivos. É uma realidade muito grave, uma doença que acaba com a nossa qualidade de vida. A condição consome todo o nosso lar: você não perde só o chão, mas pode perder também o teto, as paredes…
Depressão

2. A ansiedade

A ansiedade é, para Federico Babina, uma casa contida por grades. Cercada por arame farpado, por espinhos que nos tornam prisioneiros de um cenário que se torna cada vez menor e mais asfixiante.
Como podemos ver, esse tipo de transtorno tão comum nos dias atuais está quase na ordem do dia devido ao ritmo de nossas vidas. Ele é representado por um lugar onde não há portas nem janelas. A ansiedade nos cerca e nos deixa sem saída.
Ansiedade

3. A esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno cerebral grave. A pessoa se vê sujeita a uma deterioração psicológica progressiva que aos poucos mina as capacidades de racionalizar e de processamento da informação, da percepção, da vontade e das emoções.
A mente se fragmenta. Há uma completa desordem e pedaços caem de forma irremediável e terrível. Federico Babina representa essa situação muito bem com uma imagem. Podemos ver uma pessoa segurando com muita dificuldade em um pequeno pedaço da casa que está vindo abaixo.
Não podemos esquecer que a esquizofrenia é um tipo de demência precoce. Algo que muitas pessoas não sabem é que os pacientes com essa doença, que começa cedo, costumam falecer de forma prematura. Perdem uma ou duas décadas de vida com o diagnóstico.
Esquizofrenia

4. O mal de Alzheimer

O mal de Alzheimer é um dos transtornos mentais mais tristes. É também um dos que tem mais impacto a nível familiar. Atualmente, não há tratamento possível que possa reverter ou parar essa deterioração cognitiva. Se essa doença fosse uma casa, seria uma construção em decadência. Um lugar que um dia foi belíssimo mas que, agora, está se quebrando, está se dissolvendo, se desmontando pouco a pouco pelo impacto do tempo…
Alzheimer

5. Transtorno do Espectro Autista

O transtorno do espectro autista é um transtorno neurobiológico do desenvolvimento. Tal como a própria terminologia indica, cada pessoa se situa em um ponto determinado desse amplo espectro. Dessa forma, não há duas crianças iguais, nem dois adultos com as mesmas características. Cada um terá mais ou menos comportamentos repetitivos, uma maior ou menor capacidade intelectual e diferentes aberturas para o uso da linguagem.
O que costuma caracterizar a pessoa com esse transtorno, no entanto, costuma ser seu isolamento social. Seu hermetismo pessoal. Assim, se essa condição fosse uma casa, seria na realidade uma casa dentro de outra casa. Por sua vez, haveria outra casa ainda menor dentro da última casa. É um labirinto psicológico em que a pessoa fica presa nos muros de sua própria mente…
Autismo
Para concluir, e como podemos ver com esses exemplos acima da obra de Federico Babina, os transtornos mentais podem ser representados de muitos modos. Todos, no entanto, têm um ponto em comum: o sofrimento e o isolamento. Os pacientes, essas pessoas com nome e sobrenome que ficam presas em seus próprios muros, no caos de seu próprio micro universo, sofrem sem janelas nem portas e sem ninguém que possa entrar.
Por amenteemaravilhosa.com.br

Os desafios dos professores de ciências para implementar abordagem investigativa no ensino

Formação docente, infraestrutura e principalmente a dificuldade de quebrar paradigmas são alguns dos pontos destacados por profissionais ouvidos pela Educação
 Os desafios dos professores de ciências para implementar abordagem investigativa no ensino

O aluno chega à sala de aula, senta em sua carteira, coloca o material sobre a mesa. O professor fala, escreve no quadro e o estudante escuta e copia tudo em seu caderno. A cena é, possivelmente, a que vem à cabeça da maior parte dos brasileiros ao tentar lembrar das aulas vivenciadas no período escolar. Inclusive nas disciplinas da área de ciências da natureza, em que há inúmeras possibilidades para que o aluno investigue, crie hipóteses e coloque a mão na massa.
O sistema em que o foco é o professor e não o processo de aprendizagem é antigo e vem sendo reproduzido há muito tempo. Os atuais docentes da educação básica, em geral, tiveram a mesma experiência ao longo de sua formação, desde o ensino fundamental até a graduação. O mesmo acontece com os pais, os gestores e os próprios alunos. Nesse cenário, sair da lógica vigente no país e implementar um ensino com maior protagonismo do aluno torna-se uma tarefa árdua.
Liliane Miranda, professora de química na rede pública em Arcos, Minas Gerais, conta que só conseguiu enxergar outras possibilidades para além das aulas expositivas após fazer uma pós-graduação em ensino de ciências por investigação. Desde então, vem tentando implementar iniciativas que deem ao aluno a possibilidade de protagonizar seu próprio processo de aprendizagem, criar hipóteses e buscar soluções para problemas reais. Mudar a cultura dos próprios alunos, porém, vem sendo um grande desafio. “Quando o professor quer inovar, o aluno estranha. Pergunta se não tem nada pra copiar”, conta.
Neste ano, a professora realizou um projeto sobre lixo com os alunos do ensino médio. A proposta era analisar como a comunidade em que vivem lida com o que descarta. “Os alunos aplicaram questionários nas casas, para investigar qual o perfil da comunidade em relação a lixo, a atitude referente a lixo e patrimônio. O que observei é que a atitude prática, para eles, parece que não é fazer científico”, diz a educadora.
Para driblar a desconfiança inicial e a falta de familiaridade dos alunos com a proposta, Liliane fez um longo trabalho de explicação de todas as etapas do processo de pesquisa. “No final das contas, achei que foi bastante proveitoso. Mas não foi fácil”, analisa.
Além da formação inicial nas licenciaturas apresentar problemas, fazendo com que os professores só tenham contato com modelos diferentes de ensino nas especializações, a formação em serviço pouco tem contribuído com a melhora do quadro do ensino de ciências. “O que mais se aborda na formação continuada é a questão de avaliação, esquecendo que avaliação é o resultado. É preciso pensar no processo em si”, avalia Jenifer Xavier, professora de ciências e biologia na rede pública estadual de São Paulo.
A educadora, que estudou o ensino por investigação em seu mestrado, afirma que há diversos entraves para aplicar esse modelo de aula no dia a dia. No caso das aulas práticas, o problema é a falta de infraestrutura: a escola em que trabalha, por exemplo, não possui laboratório. No caso das aulas calcadas na realização de leituras de textos, elaboração de hipóteses e discussões foco de suas pesquisas o maior desafio é a cultura escolar.
“Aulas em que você instiga o aluno a falar são aulas que geram um pouco mais de barulho. Isso incomoda o gestor. Há a tradição de que o aluno só aprende em silêncio, mas, na verdade, ele aprende quando há troca”, afirma.
Segundo Jenifer, o primeiro passo para colocar em prática o ensino por investigação é justamente estabelecer um canal de comunicação com o estudante. “Às vezes, você vê que o aluno não escreve, mas, oralmente, tem raciocínio maravilhoso”, explica. Por isso, é importante instigar a turma a elaborar hipóteses em voz alta, passando por cima do medo de errar ou de ser julgado pelo professor.
Mas os desafios não se restringem à rede pública. Nas escolas particulares, apesar da infraestrutura não ser um problema, há a pressão do vestibular, e, em alguns casos, a ideia de que para ser aprovado é preciso ter abordagem conteudista. “Estudantes, pais, gestores e o próprio professor precisam enxergar que, ao desenvolver projetos, adquirem habilidades que não adquirem decorando conceitos”, diz Aline Geraldi, professora de biologia e física do ensino fundamental e médio na rede particular em Jundiaí (SP).
Além de ser professora, Aline também orienta projetos de iniciação científica dos alunos na escola onde trabalha, inclusive buscando parcerias com universidades. Na sala de aula, diz procurar instituir aulas com metodologias ativas, instigando os alunos a criar hipóteses. Mas analisa que nem sempre o docente tem essa liberdade. “É complicado para todos os educadores porque temos material didático para cumprir, um currículo extenso. Quando a escola dá autonomia para o professor, fica mais fácil.”

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Casas em que viveram grandes 14 escritores hoje são museus

Quem é apaixonado por livros não pode perder esse rolê literário, de Cora Coralina a Ernest Hemingway

Livros de grandes escritores nos levam a viajar. E nos fazem pensar sobre o contexto em que foram escritos. Para um leitor-viajante, nada é mais satisfatório do que descobrir detalhes sobre o seu autor favorito e a sua história de vida. Entender as motivações que o levaram a escrever obras tão fascinantes.
E quem é um verdadeiro leitor-viajante vai adorar passear por essas 15 casas de grandes escritores da história da humanidade. Nem que seja apenas admirando as fotos dos casarões abaixo.
1. Casa e museu de Mark Twain em Hartford, Connecticut, nos Estados Unidos

Mark Twain (Hartford, Connecticut, Estados Unidos) O autor de “As Aventuras de Tom Sawyer” nasceu no Mississippi e passou a viver em Hartford em 1874, após se casar com Olivia Clemens. Com ajuda de um arquiteto, os dois planejaram todos os detalhes da casa, que demorou três anos para ficar pronta – e, segundo o próprio Twain, perfeita para abrigar a família do escritor norte-americano. Apesar de parte da história de Sawyer se passar na terra natal de Twain, foi nessa casa em Connecticut que ele escreveu a obra que o tornou famoso no mundo inteiro.

2. La Sebastiana, casa de Pablo Neruda em Valparaíso, Chile

Pablo Neruda (Valparaíso, Chile) O poeta chileno, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1971, mantinha três casas em seu país de origem: La Chascona, em Santiago; Isla Negra, na cidade costeira homônima, a 96 km de Santiago; e La Sebastiana (foto), em Valparaíso. As três construções têm arquiteturas interessantíssimas, dignas de um poeta tão criativo como ele foi – e são obrigatórias para quem é apaixonado pelos versos sonoros e que relatam tão profundamente a sociedade e a natureza do Chile.

3. The Fitzgerald Museum, casa dos Fitzgerald, em Montgomery, Alabama, Estados Unidos

F. Scott Fitzgerald (Montgomery, Alabama, Estados Unidos) O autor do clássico “O Grande Gatsby” viveu nessa casa no Alabama, Estados Unidos, com a esposa Zelda, entre o outono de 1931 e a primavera de 1932. Apesar de ficarem ali por pouco tempo (principalmente por causa da vida boêmia de Scott e da internação de Zelda em um hospício), o museu que a casa abriga conta a história completa do casal, da época em que viviam, e mostram aos fãs como os escritos de Fitzgerald reproduziram tão fielmente a cultura norte-americana do momento.

4. Casa de William Faulkner em Oxford, Mississippi, Estados Unidos

William Faulkner (Oxford, Mississippi, Estados Unidos) Construída em 1844, a casa – que fica em uma fazenda e é cercada por carvalhos gigantescos – foi o local preferido de Faulkner para escrever sua extensa obra que o levou a receber o Prêmio Nobel de Literatura em 1949. Ele e sua família mudaram-se para esse casarão em 1930, e ali Faulkner viveu até o fim de sua vida, em 1962.

5. Casa da escritora Pearl S. Buck, na Pensilvânia, Estados Unidos

Pearl S. Buck (Dublin, Pensilvânia, Estados Unidos) Foi nessa casa no subúrbio da Filadélfia que a escritora Pearl S. Buck criou um de seus livros mais famosos, “A Boa Terra”, que relata o dia-a-dia de uma família na China rural. A norte-americana conquistou o Prêmio Nobel de literatura em 1938 e foi uma grande ativista sobre os direitos das mulheres e dos descendentes de asiáticos nos Estados Unidos. No casarão em que viveu por 40 anos, é possível encontrar objetos da época em que morou na China, e até presentes de Dalai Lama e do ex-presidente dos EUA, Richard Nixon. Seu túmulo fica no terreno da casa, e também é muito visitado.

6. Casa de Fernando Pessoa em Lisboa, Portugal

Fernando Pessoa (Lisboa, Portugal) É nesta casa em Campo de Ourique que o poeta português passou os últimos 15 anos de sua vida. Além de atividades culturais, a Casa Fernando Pessoa expõe o quarto em que ele morou, decorado como se ele ainda vivesse ali, junto com algumas relíquias, como o óculos de armação arrendodada, o bloco de anotações, e a máquina de escrever. Diz a lenda que foi naquele quartinho que ele escreveu, na noite de 8 de março de 1914, três dos seus poemas mais famosos: “O Guardador de Rebanhos”, “A Chuva Oblíqua” e “Ode Triunfal”.

7. Casa de Ernest Hemingway na Flórida, Estados Unidos

Ernest Hemingway (Key West, Flórida, Estados Unidos) O casarão ensolarado, de janelas amplas e piscina, fica na pontinha sul da Flórida. A casa em que o norte-americano viveu entre 1931 e 1940 com a ex-mulher, Pauline, e dois filhos, mantém a mobília original e objetos que Pauline trouxe da França. As dezenas de gatos que vivem por ali também são uma atração: dizem que eles são descendentes dos gatos que Hemingway e a família criaram. O autor ficou famoso por obras como “O Velho e o Mar”, “O Sol Também se Levanta” e “Por Quem os Sinos Dobram”.

8. Casa de Shakespeare no Reino Unido

William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, Reino Unido) Há cinco casas no Reino Unido que contam a história do maior escritor inglês de todos os tempos. Uma delas é a da foto acima: foi nessa casa que ele nasceu e viveu até por volta dos seus 20 anos, quando casou-se e mudou-se para o seu segundo lar (que também pode ser visitado). Dentro da casa, é possível descobrir detalhes sobre como a personalidade do escritor foi moldada – o local era agitado, sempre cheio de gente (Foto: David Iliff) + Doze melhores destinos no Reino Unido, a partir de Londres.

9. Casa de Carlos Drummond de Andrade em Itabira, Minas Gerais

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, Minas Gerais)Foi neste sobrado do século 19 que Carlos Drummond de Andrade morou dos 2 aos 13 anos. Foi um período marcante na vida e na obra do poeta: vários poemas escritos por Drummond relembram o tempo em que ele morou no casarão. Depois que foi transformada em museu, a casa expõe objetos pessoais do brasileiro, como a sua primeira máquina de escrever, cartas, fotografias e prêmios literários.

10. Casa do escritor Victor Hugo em Paris, França

Victor Hugo (Paris, França) Foi neste apartamento, hoje localizado na Place des Vosges, que o escritor francês viveu entre 1832 e 1848. A decoração atual tem vários objetos que pertenciam ao autor de “Os Miseráveis” e “O Corcunda de Notre Dame”, mas os cômodos também contam a história de sua vida. A foto acima, por exemplo, é do quarto chinês, que expõe o período em que ele ficou em exílio, em Guernsey, na Costa da Normandia. A estante de pratos na parede foi uma ideia criativa do escritor, que adorava decoração.

11. Casa da escritora Agatha Christie, na Inglaterra

Agatha Christie (Devon, Reino Unido) Depois de ficar rica e famosa por causa de sua série de livros de mistério, em 1938 a inglesa Agatha Christie comprou essa casa construída entre os anos 1780 e 1790. Aberta ao público desde 2000, o casarão e seu extenso jardim serviam como refúgio da família da escritora nos feriados. Eles costumavam passar a primavera, o fim do verão e os Natais na tranquilidade do lugar. Durante a visita, é possível encontrar jogos de tabuleiro em frente à lareira, o piano de cauda da escritora, além de de áudios que contam a história de como o lugar é querido pela família.

12. A Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai

Jorge Amado (Salvador, Bahia) Além da Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, a cidade de Salvador presta outra grande homenagem ao seu maior escritor: a casa em que ele morou, no bairro do Rio Vermelho, também foi transformada em museu – e tem mais objetos pessoais do baiano que gostava de usar camisas floridas do que em qualquer outro lugar. Ali, é possível voltar ao passado e quase sentir a presença dele e de sua companheira inseparável, Zélia Gattai. Principalmente ao ouvir a voz dele ecoando pelos cômodos cheios de referências aos livros que ele escreveu.

13. Museu Casa de Cora Coralina, Goiás (GO)

Cora Coralina (Goiás, Goiás) A senhorinha que encantou o Brasil e o mundo com seus poemas singelos, e ao mesmo tempo extremamente fortes, que relatavam o dia a dia de uma menina que morava na casa da ponte, vivia mesmo em um casarão à beira da ponte sobre o Rio Vermelho, em Goiás. Uma das representantes mais famosas da cidade histórica rodeada pela Serra Dourada, no meio do estado de mesmo nome, Cora Coralina precisou fazer doces para vender nos últimos anos de sua vida. Por isso, a cozinha é um dos pontos altos da visita. A casa da ponte – como é carinhosamente chamada pelos visitantes – ainda tem um jardim enorme e florido (tem até uma bica de água fresquinha), conserva as roupas que ela usou, a cama em que dormiu e a sua poltrona preferida, de onde recebia visitas ilustres.

14. Casa de Vladimir Nabokov em São Petersburgo, na Rússia

Vladimir Nabokov (São Petersburgo, Rússia) Foi aqui que o escritor russo nasceu, em 1899, e viveu até a adolescência, em 1917. A família fugiu da revolução Russa, esperando passar poucos meses fora do país, mas nunca mais voltou à casa. Nos anos 1990, o térreo foi aberto para expor os objetos pessoais da família, como a extensa coleção de livros – são mais de 10 mil volumes. Também dá para se ter uma ideia da fascinação que Nabokov tinha por borboletas – suas coleções de desenhos de borboletas, e de borboletas que ele caçou, estão entre os pontos altos do museu.
 Ludmila Balduino, no Viagem e Turismo/Livros e Pessoas.


Por que a semana tem sete dias?

Em latim, Domingo significa “o dia do senhor”.
Em latim, Domingo significa “o dia do senhor”.


Diversas teorias tentam explicar por que a semana tem sete dias.


Você já parou para pensar por que a semana tem sete dias, e não seis ou oito? O Brasil Escola desvenda agora mesmo esse mistério e, de quebra, conta a origem dos nomes dos dias… Vamos lá!
Há várias teorias que explicam como sete dias formam uma semana. De acordo com a História, por exemplo, juntar sete dias e chamá-los de semana vem da Babilônia, na Mesopotâmia. Os povos dessa região resolveram homenagear sete componentes do Sistema Solar que eram conhecidos até então: a Lua, o Sol e os planetas Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno.
Há também a explicação de que uma semana tem sete dias porque esse seria o tempo mais próximo da alternância entre as fases da lua. Existe, ainda, a teoria por meio da qual se considera que Deus criou o dia em seis dias e descansou no último, totalizando sete.

Dias da semana
Como já mencionado, os romanos, seguindo a Astrologia, denominaram cada um dos sete dias de acordo com os astros do Sistema Solar. Sendo assim, em português, temos:
Dies Solis (Dia do Sol)
Dies Lunae (Dia da Lua)
Dies Martis (Dia de Marte)
Dies Mercuri (Dia de Mercúrio)
Dies Iovis (Dia de Júpiter)
Dies Veneris (Dia de Vénus)
Dies Saturni (Dia de Saturno)
Na língua espanhola, a homenagem é a mesma. Por exemplo, Lunes (segunda-feira) faz referência à lua. Os demais dias são: Martes, Miércoles, Jueves, Viernes, Sábado e Domingo.
Em inglês, os dias da semana também homenageiam o Sistema Solar. Monday (segunda-feira) lembra “moon”, que significa lua. Sunday (domingo), Sol; e Saturday (sábado), Saturno. Os demais dias são Tuesday, Wednesday, Thursday e Friday, estes sem ligação com o Sistema Solar.
Alguns dias da semana homenageiam o Sistema Solar
Alguns dias da semana homenageiam o Sistema Solar
Agora a pergunta é: por que no português usamos a palavra feira?
Ela é usada porque, na semana da Páscoa, apesar de todos os dias serem feriados, funcionavam feiras. Desse modo, seria prima-feira (primeiro dia da semana, o domingo), secunda-feira (segunda-feira) e assim por diante.
Outra explicação é que, no início do Cristianismo, as pessoas não tinham muitas opções profissionais, então, dedicavam o tempo às orações. Os dias em que se orava eram chamados de feriaes ou feriados.

Fim de semana
Os dias que compõem o fim de semana também receberam denominações dos romanos. Sábado é considerado o dia de Saturno. Também advém de sabbath, que significa “descansar”. Para os judeus, o sabbath é considerado o dia de descanso.
Por outro lado, o domingo, conforme o latim, chamava-se solis dies, “dia do Sol”, mas os cristãos mudaram esse nome para dominica, que significa “dia do senhor” (dies dominus).

Por Silvia Tancredi
Equipe Brasil Escola
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
TANCREDI, Silvia. "Por que a semana tem sete dias?"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/por-que-semana-tem-sete-dias.htm>. Acesso em 25 de janeiro de 2018.